Embrapii traz inovação e tecnologia para Expotech 2024, em Belém
Público poderá conferir projetos sustentáveis e inovadores, como o bitdog um robô em forma de cachorro que se tornou realidade no país
A Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial participa da Expotech 2024, durante a 76ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que acontece de 7 a 13 de julho na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém (BA). A empresa pretende trazer de maneira lúdica projetos da Embrapii que tenham relação com a sustentabilidade, já que o objetivo é impactar os jovens presentes, público majoritário desse tipo de evento. Além dos projetos, os participantes poderão interagir com o bitdog, um cachorro-robô que representa soluções tecnológicas em robótica que se tornou realidade no país
Na exposição, a Embrapii vai mostrar ao público que a inovação resolve problemas complexos da sociedade e que a empresa é parte da construção dessas soluções que mudam para melhor a vida das pessoas. Também será apresentada a rede de 94 instituições de pesquisa de excelência distribuídas por todo país, sendo quatro na região Norte, fazendo a ponte entre a ciência e a indústria.
Para ficar ainda mais dinâmico, a Embrapii apresentará quatro projetos por meio de um quiz. Conheça os projetos que serão expostos:
Casas impressas em 3D
Desenvolvido com a Unidade Embrapii Instituto Federal do Ceará, a tecnologia utiliza impressão 3D para erguer casas populares 30% mais rápido que os métodos tradicionais. Esse sistema reduz o desperdício de materiais, economiza energia e minimiza erros humanos, garantindo construções mais seguras e acessíveis.
A expectativa é de que a máquina nacional de impressão para construção civil seja capaz de erguer sozinha as paredes de casas populares completas, com planta incluindo sala, cozinha, banheiro e dois quartos. Estudos iniciais indicam que o tempo de trabalho seja de 20 a 30% menor do que o método convencional. “Teremos uma construção mais limpa, com mais qualidade e com menos erros humanos. A tecnologia utiliza cálculos muito precisos, garantindo a segurança do morador. Além disso, a casa terá custo menor, o que confere ao projeto um importante viés social”, diz o empresário André Luiz Pinheiro Correa Lima ao detalhar as demais vantagens do projeto.
Monitoramento de áreas remotas na floresta
Ouvir os sons da floresta, até os mais secretos. O dispositivo apoiado pela Embrapii atua como uma espécie de detetive na natureza. Fica escondido em postes, mourões ou hastes metálicas e escuta tudo ao seu redor. Ele consegue identificar sons de veículos, motosserras, vozes humanas e qualquer outro barulho que não pertence à natureza. Quando o dispositivo ouve algo estranho, ele manda um alerta imediatamente. Assim, profissionais que atuam em florestas conseguem diagnosticar algo errado ocorrendo como desmatamento, caçadores ou qualquer outra coisa que possa prejudicar o meio ambiente. Além disso, o dispositivo também ajuda a descobrir fatos positivos como quais espécies de aves estão na área e até em que época elas aparecem. A iniciativa é realizada por meio da empresa Greenbug juntamente com a Unidade Embrapii CPqD, que utiliza IoT com IA para monitorar áreas remotas em tempo real.
Biodiversidade amazônica na luta contra doenças neurológicas
A região amazônica pode ser uma grande aliada na prevenção e tratamento de doenças neurológicas. Uma equipe de neurocientistas, biólogos, agrônomos e engenheiros químicos está usando neuroprotetores naturais, encontrados na flora amazônica, para criar um medicamento fitoterápico a partir de óleo de gergelim preto. Este remédio tem potencial de proteger e tratar o cérebro contra AVCs, isquemias e doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e Parkinson.
A parceria entre a Unidade Embrapii Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP) e a Neuroprotect está realizando ensaios pré-clínicos para testar a segurança e a eficácia desse fitoterápico em células nervosas humanas. O objetivo é levar essa tecnologia para empresas de biotecnologia e farmacêuticas, para que mais pessoas possam se beneficiar dessas descobertas. A biodiversidade amazônica se mostra uma fonte poderosa de soluções para a saúde, provando que a natureza tem muito a nos oferecer na luta contra doenças neurológicas.
Transformando resíduos em soluções sustentáveis
A região amazônica é a principal cultivadora de açaí do país, porém a produção de polpa da fruta gera toneladas de caroços que acabam se acumulando e criando desafios ambientais. Porém, a empresa Amazon Biofert, no Amapá, está transformando esses resíduos em biochar, um tipo de biocarvão que atua como um fertilizante natural, cheio de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Os pesquisadores da Unidade Embrapii de Tecnologias em Química Verde estão ajudando a criar fórmulas de biochar que melhoram o solo de forma sustentável. Esse projeto incrível não só valoriza os recursos da Amazônia, mas também promove uma economia circular, reaproveitando materiais e ajudando o meio ambiente.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social com o objetivo de fomentar a inovação na indústria em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial. Para isso, conecta pesquisa e empresas e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos ao mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Educação; da Saúde; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Fonte: Embrapii